Quando os pensamentos passam
rápidos, e são muitos. Quando carregam os sentimentos na dúvida do amanhã, na
trágica magia do ser infinito. O que você fará de si mesmo na próxima decisão?
Será que escolherá por convenção das razões alheias ou será que conseguirá
permitir-se escolher o próprio caminho na leveza de viver os próprios desejos?
Não entendo qual é o momento
em que decidimos. Mas sei que o mais forte impera. O mais forte nem sempre é o
melhor, diga-se de passagem. Aliás, na maioria das vezes, o que parece ter
força sobre nossas escolhas são as forças do dever. Ainda assim, sei que existe
dentro de nós uma força que cabe sobre esta última e que nos faz, se quisermos,
sentir como pássaros de asas abertas nos céus infinitos ao redor. Imagino o
quanto é difícil voar, mas já senti em sonhos a delícia de ser livre, de não
ter medo de cair, de poder subir muito alto sem ninguém para empurrar, apenas
pelo impulso dos ventos, dos meus ventos.
Cada vontade reprimida por
si mesmo tem o peso de mil vontades realizadas, só que ao contrário. Não estou
dizendo que é para fingir que o mundo não existe e sair fazendo o que deseja.
Só quero compartilhar uma ideia: de que somos potencialmente capazes de sermos
felizes e de tomarmos as decisões que correspondem aos nossos desejos reais,
profundos e verdadeiros. Não cabe a mim julgar a quem não o faz, uma vez que me
encontro nesse grupo, porém acredito que um grito traduzido em palavras como
estas podem ajudar a abrir o peito e derramar toda a alegria que existe prestes
a realizar-se. Abrir os olhos e enxergar o que se quer é muito pouco desta vez.
Agora preciso de mais, preciso de uma fé no que é ser, de uma coragem que é
esquecida. Preciso juntar tudo o que completa um “eu” e traduzir em verdade, em
agora e em amanhã.
Quero ser eu completamente
feliz, e querer é poder demais.
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