quarta-feira, 23 de janeiro de 2013


De todas as promessas         
ficaram as interrogações
jogadas na inconsciência da lembrança,
voltadas ao palco do real,
onde o palhaço desfaz os risos
e os transforma em agonia.
Aplausos acordam os sonhadores
e o palhaço é você, agora.
O protagonista é o tempo
que mente, engana e se transforma
tão rapidamente que os olhos veem,
mas as mãos não captam.

Mas não pense que ele é mau
visto assim do lado de cá
da solidão.
O tempo é só um apoio irracional dos desejos
e, ao mesmo tempo, a cura deles.
Somos vivos!

Estamos de fora da nossa vida
porque agora, cada um tem a sua
e em nós.

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