sábado, 10 de novembro de 2012

Enrosco



Sob seu olhar, o meu.
Captura-me. Suga-me.
Lentamente tornamo-nos um.

A garganta grita em silêncio.
Sua angústia é, agora, minha paz.
Não temo o seu amor,
ainda que você não o tenha.

Voláteis sentimentos.
De pedra fez seu coração,
não me ponha nele.

Mas meu não é seu sim...

Por mais uma vez quis
sentir a frieza do seu ser,
que é apenas a curta distância
de dois corpos culpados.

Vez ou outra encontrei um sorriso
estampado em você.
Mas, logo tratou de secá-lo
em forma de adeus.

Traga até mim seu trago engasgado.
Refaçamos as dúvidas e desmontemos as certezas:
De novo e pra sempre.



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